DIVÃ, Uma Série Encantadora #09



Hoje é o aniversário de uma escritora por qual sou apaixonado, Martha Medeiros. Nascida no dia 20 de Agosto de 1961, em Porto Alegre, leonina como eu e gaúcha como eu, a identificação com esta bela cronista do cotidiano não poderia ser maior. E como homenagem a conterrânea da qual sou fã, escolhi a adaptação de um de seus romances para a televisão, de que gosto muito, para dissertar hoje, aqui no Lembra de Mim. O post deste domingo em que Martha Medeiros apaga mais uma velinha, é sobre Divã, um seriado apaixonante.

Martha Medeiros


Martha Medeiros começou como cronista, colaborando para o jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul, em uma coluna fixa semanal, que se tornou duas com o passar do tempo, e hoje também colabora com o jornal O Globo, do Rio de Janeiro. É uma cronista de mão cheia, com inúmeros livros publicados, que escreve com simplicidade e poesia sobre nosso prosaico cotidiano. Mas Divã foi seu primeiro romance, lançado em 2002, que narra a história de uma dona de casa, que um dia decide fazer terapia e pôr pra fora todas as angústias e anseios de uma esposa e mãe de dois filhos, que está cansada de ser "só isso".



A história simples e cheia de possibilidades de Mercedes, encantou a atriz Lília Cabral, que levou o romance aos palcos, onde excursionou pelo Brasil, como protagonista da peça. Com o sucesso nos palcos, Lília levou Divã às telas de cinema. Outra vez, sucesso. Daí para a televisão foi um pulo, Mercedes e seu divã chegaram na telinha da Globo no dia 5 de Abril de 2011, em um seriado de oito episódios, encerrado em 24 de Maio de 2011, exibido todas as terças-feiras, às 23 horas. Adaptado para a TV por Marcelo Saback, com direção de Fabrício Mamberti, direção geral de José Alvarenga Jr e núcleo de Jayme Monjardim.



A série dá continuidade de onde o filme parou. Depois de receber alta de seu antigo terapeuta, Lopes, e passar algum tempo afastada da terapia, a artista plástica Mercedes (Lília Cabral), resolve voltar ao divã em busca de novas respostas para seus questionamentos. Recém-separada e com os filhos já crescidos, ela está envolvida com Carlos (Domingos Montagner), um homem casado com Suzana (Patrícia Pillar).

Nos dois primeiros episódios da série, intitulados: Doutor, Posso Voltar? - Parte 1 e 2, Mercedes precisa resolver sua situação de amante. Na parte 1, ela narra à Lopes seus dias de conto de fadas, em Nova Iorque, ao lado de Carlos.



Na parte 2, ao ficar amiga da esposa do amante por acaso, ela decide que é hora de pôr um ponto final na relação.



Nessa nova fase, após a morte de Mônica (Alexandre Richter) (vítima de um câncer, no longa-metragem), Mercedes conta com o apoio da descolada e divertida amiga Tânia (Totia Meireles), dona de uma galeria, que oferece a ela a oportunidade de expor seu trabalho, e também do hilário cabeleireiro, Renê (Paulo Gustavo).



Ao longo dos 8 episódios, Mercedes tem que lidar com o relacionamento do filho Bruno (Duda Nagle), com uma mulher mais velha; reencontra um antigo amor da época da escola; mostra seu lado solidário ao se voluntariar em um asilo; descobre o verdadeiro poder de uma amizade e percebe que a vida pode ser muito curta.

Mercedes e os filhos Bruno e Tiago


Divã foi de fato uma série deliciosa, um biscoito fino produzido pela Rede Globo, que teve como maior defeito sua curta duração. Ela já havia sido pensada para ser curta, com apenas 12 episódios, mas diminuiu ainda mais com a escalação de Lília Cabral para protagonizar a novelas das 21 horas, Fina Estampa, que estrearia poucos meses após a série, e a atriz precisava descansar um pouco a imagem antes de aparecer como Griselda, na história de Aguinaldo Silva. À época, os produtores pensavam na possibilidade de uma segunda temporada, mas infelizmente não aconteceu.

Fazia parte ainda do elenco fixo os atores Johnny Massaro (Tiago), Marcelo Airoldi (Jurandir) e Júlia Almeida (Magali).

O elenco fixo da série


A abertura era uma graciosa animação com a regravação de O Quereres, de Caetano Veloso, na voz de Nise Palhares, uma maravilha, que coincidentemente, agora é tema da abertura de A Força do Querer, interpretada pelo próprio compositor, onde Lília também é uma das protagonistas.  



Divã juntou duas mulheres maravilhosas, Martha Medeiros e Lília Cabral, deixou saudades e um gostinho saboroso e persistente de quero mais.

Martha e Lília, a criadora e a criatura

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