As 46 Primaveras de Caco Ciocler, Um Super Ator #16



Caco Ciocler completa hoje 46 anos. Nascido Carlos Alberto Ciocler, o ator paulistano estreou na TV aos 24 anos, em 1996, na novela O Rei do Gado, onde interpretou o icônico Geremias Berdinazzi, na juventude, personagem eternizado por Raul Cortez. Mas antes de render-se as novelas, Caco que já tinha uma carreira premiada no teatro, tinha preconceito com a televisão.

Geremias com a mãe e o irmão: Marieta e Giácomo, em O Rei do Gado 

O convite para a novela de Benedito Ruy Barbosa, veio do diretor da trama, Luiz Fernando Carvalho, após assisti-lo na apresentação de Píramo e Tisbe, em 1995, peça pela qual recebeu o Prêmio Mambembe de Melhor Ator Coadjuvante. Ao aceitar o convite, assinou um contrato de dois anos com a Rede Globo, mas antes disso, Caco quase se formou em Engenharia pela USP. Desistiu do curso para fazer Artes Dramáticas, o que deixou seus pais bastante insatisfeitos. Porém, a vocação para os palcos vinha desde menino, e aos 17 anos foi introduzido a crítica teatral com a peça Ecos. Até chegar à TV, entre as peças Ecos e Píramo e Tisbe, fez Mary Stuart (1990), Salomé (1993) e Pedro Paulo Pedregulho (1995). Com a estreia em O Rei do Gado chamou a atenção da crítica especializada e ganhou o Prêmio APCA, na categoria Revelação Masculina.



Caco não saiu mais da telinha, conciliando trabalhos dentro e fora da televisão com cinema e teatro, o ator está sempre em atividade. Artista de enorme talento, nem sempre a TV consegue lhe dar papeis à altura de sua capacidade cênica, mas alguns momentos televisivos foram marcantes, como o judeu Davi de O Amor Está no Ar (1997), o vilão Bento Coutinho, de A Muralha (2000) e o desequilibrado Miguel de O Quinto dos Infernos (2002), este último, na minha opinião, seu papel mais complexo e marcante na TV. Na minissérie de Carlos Lombardi, Miguel era o irmão caçula de Dom Pedro I (Marcos Pasquim), que era superprotegido pela mãe, Carlota Joaquina (Betty Lago), e nutria pelo irmão uma inveja doentia, que na verdade era uma paixão incestuosa e perturbadora. Apesar do peso de uma personagem com nuances tão perigosas, Miguel tinha fortes doses de humor, e Caco soube caminhar na linha tênue entre humor e drama de forma magistral.

Davi em O Amor Está no Ar




Nos anos 90, ainda fez quatro participações em episódios do Você Decide, entre eles Um Lar Para Clarice (1998), onde fazia par com Tuca Andrada, na história de um casal gay que queria adotar um bebê. Foi o médico Flavinho em participação rápida na novela Por Amor (1997). No cinema, esteve em Caminho dos Sonhos (1999), ao lado de Taís Araújo, e no mesmo ano pôde ser visto no teatro, em Rei Lear, pela qual recebeu o Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Ator, e Camila Baker, montagem onde atores interpretavam mulheres, na qual atuou ao lado de Raul Gazolla, Dalton Vigh, Mateus Carrieri e Claudio Fontana.



Na primeira metade dos anos 2000, fez as novelas Esplendor (2000), Um Anjo Caiu do Céu (2001), Chocolate Com Pimenta (2003) e América (2005), onde foi elevado ao posto de mocinho da trama após conquistar a simpatia e torcida do público para que ficasse com a protagonista Sol (Deborah Secco). Seu personagem na novela de Glória Perez, o americano Ed, não teria tanta importância na trama, mas acabou desbancando o suposto herói da história, o peão Tião Higino (Murilo Benício). No cinema, marcou presença no premiado Bicho de Sete Cabeças (2001), Minha Vida em Suas Mãos (2001), O Xangô de Baker Street (2001), Lara (2002), A Paixão de Jacobina (2002), o divertido Avassaladoras (2002), Desmundo (2003), KM 0 (2003), Quase Dois Irmãos (2004), Olga (2004), Sexo, Amor e Traição (2004), Limbo (2004), Quanto Vale ou É Por Quilo? (2005) e o documentário Vinícius (2005), sobre Vinícius de Moraes. No teatro: Senhor das Flores e Os Sete Afluentes do Rio Ota, ambas em 2003.

Ed e Sol em América

A partir de 2006 até 2010 apareceu na televisão em bons papeis, como o Leonardo Faria de JK (2006), o Renato, de Páginas da Vida (2006) e Murilo, em Caminho das Índias (2009). Também fez Duas Caras, em 2007 e o seriado de João Emanuel Carneiro, A Cura (2010). Em cinema atuou nos curtas O Dia M (2008) e Timing (2009) e nos longas Inesquecível (2007), Trópico de Câncer (2008) e Um Dia de Ontem (2009). Nos palcos apresentou Antonio e Cleópatra (2006), Aldeotas (2007), Imperador e Galileu (2008) e Casting (2010). Em 2010 também fez seu primeiro e único filme como diretor, Na Solidão dos Campos de Algodão.



De 2011 pra cá participou das novelas Cordel Encantado (2011), Salve Jorge (2012), Além do Horizonte (2013), Boogie Oogie (2014) e finalizou esta semana Novo Mundo (2017). Fez também um episódio de As Brasileiras, em 2012, e a série Unidade Básica, exibida pelo canal Universal Chanel, em 2016. Nas telonas, esteve em Família Vende Tudo (2011), onde fez um cantor sertanejo rico e cafona, Disparos (2011), 2 Coelhos (2012), Meu Pé de Laranja Lima (2012), De Menor (2012), o documentário Para Sempre Teu, Caio F. (2014), Linha de Fuga 2.0 (2015), Um Namorado Para a Minha Mulher (2016), Fica Mais Escuro Antes do Anoitecer (2016), Elis (2016), João (2017), O Banquete (2017), Simonal  (2017), O Olho e a Faca (2017) e Gosto do Fel (2017). Entre 2011 e 2017 fez as peças 45 Minutos, Amante, A Construção, Caesar - Como Construir um Império, A Tragédia Latino-AmericanaFluxograma e Constelações, onde dividiu o palco com Marília Gabriela.

com Gabi na peça Constelações

Bonito, sexy, doce e um grande ator. Por toda sua trajetória e por ser um artista que esse que vos escreve adora, o Lembra de Mim parabeniza e exalta Caco Ciocler por mais um ano de vida e talento inquestionável.


FELIZ ANIVERSÁRIO, CACO!



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