26 Anos do Último Capítulo da Minissérie AS NOIVAS DE COPACABANA #62



Morador do bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, Donato (Miguel Falabella) é um conceituado restaurador de obras de arte, que leva uma vida simples e pacata, acima de qualquer suspeita. Ele é noivo de Cinara (Patrícia Pillar), com quem não se relaciona sexualmente.

Na verdade, Donato é um psicopata que assassina suas vítimas seguindo um ritual meticuloso. Ele seduz as mulheres e as estrangula durante o ato sexual, sempre com elas vestidas de noiva, só dessa forma consegue atingir o orgasmo.

Donato
As investigações e a incansável caça do detetive França (Reginaldo Faria), em busca do assassino de mulheres, começam quando o corpo de Maryrose (Patrícia Naves) é encontrado na praia, após ser brutalmente estrangulada, vestida de noiva.

As vítimas de Donato são mulheres das mais diversas classes sociais: Marilene (Tássia Camargo), é uma professora suburbana; Kátia de Sá Montese (Christiane Torloni), é uma socialite de Copacabana; e Fátima (Ana Beatriz Nogueira), é filha de um pastor protestante. Em comum, elas tem vestidos de noiva.

Fátima e Donato

Donato e Kátia

O envolvimento de Donato com as vítimas começa a partir de anúncios de venda de vestidos de noiva colocados, por elas, em jornais. Após entrar em contato e chegar até as anunciantes, ele cria um ambiente romântico, adequado ao crime, e as envolve em seu jogo de sedução.

A semelhança entre os vários crimes intriga a polícia, que chega a conclusão que todos eles só podem vir de uma mesma pessoa. O detetive França, então, encarregado do caso das noivas assassinadas, segue pistas que podem levar a um serial killer.


Kátia de Sá Montese e o marido José Carlos Montese

Apesar de seu lado sombrio e obsessivo, Donato vive com sua tia Eulália (Yara Lins), com quem tem uma relação doce e crinhosa. Seu amigo Paulão (Ricardo Petraglia) e sua noiva Cinara - com quem tem relações de camaradagem e afeto - nem sequer imaginam que o rapaz seja um criminoso.

Lucinha, Paulão, Cinara e Eulália

Só França suspeita de Donato. O detetive em crise com Mariana (Zezé Polessa), passa a se relacionar com Leiloca (Branca de Camargo), que vende artesanato no calçadão de Copacabana e lembra uma hippie dos anos 70. Leiloca é usada como isca para atrair o assassino. A moça anuncia no jornal um vestido de noiva e espera Donato aparecer. A armadilha tem sucesso, e o criminoso é preso e levado a julgamento. Quando o psicopata é confrontado com a lei, seus amigos e familiares defendem sua inocência. Por falta de provas, ele é absolvido.

Leiloca e França

O motivo da tara doentia de Donato está ligado a um antigo relacionamento com Helena (Lala Deheinzelin), de quem foi noivo. Às vésperas do casamento, ele descobriu que ela havia se apaixonado por outro. Ele tentou matá-la, enquanto ela experimentava o vestido de noiva, chegando a partir a roupa em pedaços, mas Helena fugiu. Donato, no entanto, prometeu que, um dia, ele a mataria.

Helena e Cláudio

Em liberdade, Donato, enfim, tem uma noite de amor com Cinara e a pede em casamento. Dias antes da união oficial, Helena sabe da notícia pelo jornal e entra em contato com o detetive França, a fim de evitar que a moça se case com o assassino. Cinara descobre, assim, toda a verdade. Com a ajuda de Helena e da polícia, a noiva leva Donato para uma armadilha: Helena aparece vestida de noiva na noite de núpcias do casal, e Donato, então, revela sua verdadeira personalidade. Ao tentar matá-la, é preso mais uma vez.

Cinara e Donato

O assassino é condenado e, após um ano, é enviado a um manicômio judiciário por tempo indeterminado. Algum tempo depois, Donato consegue fugir, e nas últimas cenas da minissérie é mostrado ele circulando um anúncio de jornal e, em seguida visitando um apartamento, dizendo-se interessado em comprar um vestido de noiva.

As Noivas de Copacabana foi uma minissérie escrita por Dias Gomes, Ferreira Gullar e Marcílio Moraes, com direção de Roberto Farias, Maurício Farias e Mauro Farias. Foi exibida em 16 capítulos, entre 02 a 26 de Junho de 1992, completando hoje 26 anos de seu término.




Curiosidades:

Dias Gomes criou o argumento da minissérie a partir de uma reportagem do Fantástico sobre o caso de Heraldo Madureira, morador de Niterói, no Rio de Janeiro, que assassinava suas vítimas vestidas de noiva. Condenado, Heraldo fugiu do manicômio judiciário onde estava preso.

- Para chegar ao perfil do protagonista, o autor baseou-se em pesquisas, em filmes, e na observação das manifestações da doença. O resultado foi uma trama policial psicológica, que privilegiou o suspense, um clima de tensão permanente. Se houve humor, ele existiu pela ironia da impunidade.

- Experiente como diretor de policiais – o filme O Assalto ao Trem Pagador, de 1962, e a minissérie A Máfia no Brasil, de 1984 – Roberto Farias procurou executar fielmente o texto de Dias Gomes, até mesmo porque, como afirmou na estréia da série, “vai ser interessante para o público ver um homem bonito e bem posto na vida [o assassino interpretado por Miguel Falabella] com essa patologia. Além do mais, é um desafio da TV apresentar uma história de suspense, mas que faz o público torcer para que determinada vítima, que você sabe que vai morrer, não morra. É o suspense pelo momento em que o policial vai pôr a mão no bandido. Porque todo mundo sabe quem é o bandido, quem é a vítima, enfim…”

- Outro atrativo da série foi a ambientação, o bairro de Copacabana, que serviu de cenário para cerca de 50% das gravações.

- Os figurinos da minissérie foram de responsabilidade de Helena Brício, que criou oito vestidos de noiva, cada qual com um estilo diferente.

- Na minissérie era notável a ausência de uma trilha sonora, coisa rara numa produção da Globo. A trilha se resumiu à música Copacabana (de João de Barros e Alberto Ribeiro), cantada ou em variações instrumentais que, inclusive, foi apresentada de forma remixada na abertura – que teve a participação do trompetista Guilherme Dias Gomes, filho do autor.

- Na versão internacional de As Noivas de Copacabana, o final era diferente. Em vez de fugir, Donato terminava na cadeia, sem voltar para as ruas.

- Na versão internacional de As Noivas de Copacabana, o final era diferente. Em vez de fugir, Donato terminava na cadeia, sem voltar para as ruas.

- As Noivas de Copacabana foi reprisada de 31/01 a 10/02/1995, nas comemorações dos 30 anos da emissora.
Também entre 20 e 30/10/1998, em 8 capítulos.
Ainda: reapresentada de 25 a 31/01/2005, no Multishow (canal de TV paga pertencente à Rede Globo), nos 40 anos da emissora (era a versão internacional, de 5 capítulos).
No Viva (outro canal de TV a cabo da Globo), entre 21/03 e 11/04/2013.
E em formato de telefilme, em janeiro de 2015, dentro do Luz, Câmera, 50 Anos, em homenagem ao cinquentenário da Globo.

- Em 2009, foi lançado o DVD da minissérie.



Comentários

  1. Só uma correção: Donato não é preso graças ao plano do detetive e Leiloca, pois ao chegar ao apartamento deles para ver o vestido, ele vê o detetive saindo do prédio e entende que era uma cilada. Ele só é preso quando uma das mulheres que lhe vendeu o vestido (Maria Gladys) é interrogada, faz um retrato falado dele e faz o reconhecimento dele. Depois disso a personagem volta atrás em seu depoimento e ele é solto. Volta a ser preso novamente graças ao depoimento de outra vítima (Ana Beatriz Nogueira) que conta sua história ao delegado (Hugo Carvana) e reconhece uma foto dele.

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  2. Olá amigos e amigas, fiz uma pequena aparição no seriado Noivas de Copacabana dentro do trem, a filmagem dentro do vagão da Central do Brasil a Deodoro. Foi muito legal esse momento. Abraços Miguel foi muito gentil e a atris Tassia Camargo também. Beijo nos corações. Amei participar.

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