Há 30 Anos Estreava na Manchete, OLHO POR OLHO #66



Escrita por José Louzeiro e Geraldo Carneiro, baseada em argumento de Wilson Aguiar Filho, Olho Por Olho, foi uma telenovela com colaboração de Leila Miccollis e direção de Marcos Schechtmann, Tânia Lamarca, Ary Coslov e Atílio Riccó. Exibida pela TV Manchete entre 22 de Agosto de 1988 e 06 de Janeiro de 1989, com 117 capítulo, foi antecedida por Carmem e sucedida por Kananga do Japão. Completando hoje 30 anos de sua estreia.

o autor José Louzeiro

A história começa em Goiás, com o assassinato do fazendeiro Horácio Falcão (Henrique Martins), numa covarde emboscada, quando ele decide procurar minério em sua propriedade. Em seu enterro, Justo (Flávio Galvão), o filho mais velho, descobre onde está os três assassinos e com a cumplicidade de sua mãe, Ana (Geórgia Gomide), a viúva, estabelece um pacto de vingança, que se desenrola até o final da trama.

Justo, logo consegue matar dois dos assassinos, mas o terceiro foge. Mais tarde, Ana perde a fazenda em um processo cheio de contradições. Não lhe resta outra alternativa a não ser partir para o Rio de Janeiro com os filhos Máximo (Mário Gomes), Caio (Caíque Ferreira) e Júlio (Nehemias Demutcha). Eles vão sem contar com a ajuda de ninguém, totalmente entregues ao destino.

Desde que o pai foi assassinado, Justo desaparece para os irmãos e se empenha em vingar sua morte. Na cidade grande os irmãos tomam rumos diferentes: Máximo envolve-se com o submundo da prostituição, fazendo programas com homens e mulheres mais velhas, convivendo com a travesti Dinorá (Cláudia Celeste), e vivendo uma relação com a prostituta Paula (Beth Goulart), seu objetivo é vencer na vida a qualquer custo; Caio torna-se cavalariço do jockey club, é o incorruptível; e Júlio torna-se um pregador, a palavra é sua arma e ele vira uma figura popular.

Máximo e Paula



No Rio, Justo envolve-se com o Capitão Flores (Jonas Bloch), ligado à repressão da época da ditadura militar, e com Antônio Barjal (Herson Capri), empresário inescrupuloso, enquanto Máximo é levado para a marginalidade por Rico (Alexandre Frota). Porém, em meio a esse mundo de criminalidade e prostituição, surge uma história de amor desencadeada pela ingênua e doce Bárbara Zimmer (Renée de Vielmond), transparente, verdadeira e calorosa, ela é uma mulher rica, que promove a candidatura à presidência do reacionário Barjal, e ao se envolver com Máximo, apaixona-se perdidamente por ele. Bárbara é a figura mais iluminada da violenta trama.



A trilha sonora de Olho por Olho não foi lançada.




Curiosidades:

- Depois da boa repercussão de Corpo Santo (1987), a Manchete investia no mesmo tema, contando, mais uma vez, com a cancha de José Louzeiro em roteiros como esse, com clima policial e marginalidade carioca. Mas Olho por Olho não obteve o mesmo sucesso daquela novela.

- Como poucas vezes visto em nossa teledramaturgia, o elenco contou com a presença de um travesti: Cláudia Celeste - que na novela viveu a travesti Dinorá, que desejava sair da prostituição e tornar-se atriz. Cláudia Celeste já havia participado de Espelho Mágico, em 1977, onde vivia uma bailarina.

- Convocado para salvar a audiência de Olho por Olho com a saída de Geraldo Carneiro e os baixos índices no ibope, Wilson Aguiar Filho decidiu tirar de cena dois personagens: Justo (Flávio Glavão) e Marlene (Mariana de Moraes), ambos seriam mortos. Mas uma pesquisa feita com o público, apontou Justo como um dos personagens preferidos da novela pelos telespectadores. Dessa forma, Wilson teve que mudar seus planos em relação a Justo e mantê-lo vivo.

- Não confundir esta Olho por Olho com Olho no Olho, novela de Antônio Calmon, exibida na Globo em 1993, cuja a história nada tem a ver com a trama da Manchete.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Há 36 Anos Estreava ELAS POR ELAS #53

Especial: O SEXO DOS ANJOS Terminava há 28 Anos #43

Há 12 Anos Terminava a Novela AMÉRICA #23